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    Pedro Tavares

    Diário de Bordo

    Diário de Bordo #6

    Nestas últimas semanas,  o trabalho correu bem. Dediquei-me, sobretudo, a um projeto interno (mais corporativo) e uma nova estagiária juntou-se à equipa, pelo que, agora, já não sou o mais recente membro do coletivo.
    Já no plano pessoal, devido à ocorrência de feriados, tive fins-de-semana prolongados (de quatro dias), motivo pelo qual decidi viajar para outras cidades holandesas.
    A Holanda é famosa pelas túlipas e Keukenhof (em Lisse) é o local que nos apresenta estas flores no seu expoente máximo. Infelizmente, quando lá fui, muitas delas já tinham sido cortadas ou estavam em fim de vida, com pétalas murchas e secas.
    Zaanse Schans é afamada pelos seus moinhos e campos verdejantes. Embora, atualmente, pareça (mais) uma pequena vila (rentabilizada através de atrações direcionadas a turistas), este local é historicamente relevante, assumindo-se como um símbolo da industrialização holandesa, em que o uso da energia eólica permitiu aumentar a produção de recursos.
    Utrecht também é pitoresca, mas mais datada do que Amesterdão, sobressaindo pelas múltiplas igrejas que possui (12, creio) e pela enorme torre na praça central – em tempos, o núcleo do catolicismo na Holanda. Os seus canais são mais curtos e altos, permitindo descer ao nível do rio, onde há restaurantes, esplanadas e outros negócios. Existe, ainda, um castelo (Kasteel de Haar) entre Utrecht e Amesterdão, que também tive oportunidade de conhecer.
    Em Roterdão, visitei museus nos dias em que (infelizmente) choveu, e a cidade quando estava sol. Roterdão é mais residencial e moderna do que (o coração de) Amsterdão, devido às ruas mais largas, aos prédios mais altos e geométricos (por oposição às sucessivas casas tortas que conferem uma silhueta irregular à capital), e ao facto de existirem menos canais e bicicletas.

    Diário de Bordo #5

    O trabalho continua a correr bem e, com o passar do tempo, sinto que tenho solidificado a minha posição, em campos em que posso ajudar os restantes colegas. Tive, ainda, a oportunidade de ir a mais reuniões, inclusive presencialmente. Assim, devido ao facto da minha experiência profissional ter estabilizado (no sentido em que continuo a trabalhar nos mesmos projetos e, por isso, não tenho muitas novidades para relatar), irei dedicar este relatório (e quiçá os próximos) mais aos planos pessoal, social e turístico.
    Como já visitei a grande maioria das atrações no centro da cidade, decidi ir a Volendam e Marken. A primeira é uma vila rural a norte de Amesterdão, que possui pequenas casas encavalitadas em sequência, que quase se trespassam umas às outras – cenário que foi objeto de inspiração para diversos pintores. Marken é uma ilha, somente acessível através de ferry, também com as típicas casas campestres, animais e muito espaço verde. Embora estes sejam pontos turísticos, nota-se imediatamente a diferença de ritmo, menos acelerado do que na capital.
    Em adição, celebrei o 25 de abril com colegas/amigos portugueses, num restaurante também luso. Foi bom ver cravos nas mesas e comer comida tipicamente portuguesa, passados quase dois meses. No entanto, esta não foi a única data relevante passada durante a semana transata. Ontem, dia 27 de março, comemorou-se o King’s Day (Koningsdag), feriado nacional que (como o nome indica) festeja o aniversário do atual monarca, o rei Willem-Alexander. Esta data transita juntamente com o rei ou rainha – no caso do último cenário, passa a designar-se Queen’s Day (Koninginnedag). Durante o dia e a noite anterior, é organizada uma grande festa, conduzida pelo povo. A cidade é invadida pela cor de laranja, fortemente presente nas decorações, roupas, acessórios, adereços, entre outros. Os canais estão repletos de barcos e são montadas bancas (por vezes, improvisadas) pelas ruas e pontes. O clima geral é de festa e bastante entusiasmo.

    Diário de Bordo #4

    Dado que estou a trabalhar num projeto longo, o meu trabalho no estúdio estabilizou. Embora o referido projeto esteja a demorar mais do que era previsto, devido de sucessivas mudanças a pedido do cliente, considero que o processo para chegar à solução final é uma aprendizagem positiva, porque ensina a encarar uma diferença na abordagem, perspetiva ou brief a meio do percurso. Em adição, julgo ter descoberto uma área em que sou verdadeiramente capaz de adicionar qualidade ao grupo de trabalho, tendo inclusivamente participado em (pequenos) trabalhos já publicados ou formalmente apresentados.
    Amesterdão é naturalmente chuvosa e ventosa, com um clima volátil, no sentido em que há dias que parecem compactar diferentes estações do ano, alternando entre chuva forte e sol. No entanto, com a chegada da primavera, as últimas semanas têm sido substancialmente menos frias do que quando aqui cheguei. Para além da temperatura ser mais agradável, a cidade ganha uma outra vida: o céu limpo e o sol refletem nos canais; as árvores florescerem, ganhando copa e tornando o espaço mais verde; e as típicas tulipas holandesas brotam, atribuindo cor às ruas e aos jardins. O sol também se põe mais tarde e, visto que a Holanda está mais a norte que Portugal, parece que já é quase verão (em termos de contraste dia/noite). Os dias mais solarengos propiciam a animadora oportunidade de almoçar no terraço do estúdio.

    Diário de Bordo #3

    As minhas tarefas no estúdio estão, gradualmente, a tornar-se mais pertinentes e estimulantes, pois estou a desenvolver um projeto mais longo, do início ao fim, em vez de ajudar em várias fases de múltiplos projetos. Deste modo, consigo acompanhar melhor o corrente trabalho, em todas as fases e planos, desde a comunicação com o cliente, até ao desenvolvimento de conceitos e das consequentes soluções criativas.
    A grande maioria do meu tempo livre destina-se a visitar atrações turísticas, nomeadamente, museus, casas antigas, jardins e ruas/distritos históricos ou socialmente relevantes. Subscrevi dois cartões mensais, que oferecem acesso ilimitado a museus (museum kaart) e cinema (cineville), o que facilita bastante as atividades previamente referidas e incentiva a exploração de locais diferentes, que, de outra forma, não iria provavelmente visitar.
    Conheci, também, a margem norte da cidade, até onde ainda não me tinha deslocado, porque moro e trabalho no Sul/centro, respetivamente. Esta parte da cidade é apenas acessível através de barco, sendo mais moderna e residencial, ao contrário do centro (mais histórico e popular).

    Diário de Bordo #2

    Na última semana, concentrei-me em assimilar e solidificar rotinas “corriqueiras”, do dia-a-dia, para agilizar a minha estadia em Amesterdão.
    Para além disso, pude conhecer melhor os meus colegas de trabalho, a nível pessoal e profissional, bem como os processos e as principais metodologias adotadas pelo estúdio onde estou a trabalhar. É, sem dúvida, um espaço onde a cultura e a identidade são valorizadas. O grupo de trabalho é heterogéneo, no sentido em que é constituído por profissionais provenientes de diferentes países (sobretudo) da Europa, promovendo uma aprendizagem coletiva, através da partilha de experiências, perspetivas e formas de olhar o mundo.
    Do ponto de vista turístico, visitei vários monumentos (museus, cafés, restaurantes, entre outros) e integrei-me melhor na cidade.
    Já começo a conhecer melhor os recantos desta cidade que, por vezes, se pode tornar labiríntica.

    Diário de Bordo #1

    A chegada a Amesterdão correu bem. Cheguei à hora de jantar e fui diretamente para casa (longe do centro), logo não tive oportunidade de conhecer a cidade. Disto isto, o primeiro dia resumiu-se a instalar-me em casa.
    O dia seguinte foi o meu primeiro dia de trabalho. Fui muito bem recebido no estúdio em que estou a estagiar. Para além dos tradicionais brindes de praxe (chocolates, autocolantes, cadernos, etc.), foi-me entregue um computador (portátil) para poder trabalhar, já com as respetivas configurações preparadas. O espaço de trabalho é bastante adequado e o ambiente é relaxado e “positivo” (o nome do estúdio reflete, certamente, o modus operandi).
    Após uma breve mostra do espaço, o dia começou com uma rápida reunião em que todos disseram o que estiveram a fazer no dia anterior (prática corrente no estúdio). De seguida, tive uma reunião pessoal com um dos responsáveis da empresa, em que me foram explicados os objetivos e o plano de trabalho, para mim, estabelecidos. Foi uma ótima conversa, através da qual percebi melhor o tom e a disponibilidade dos colegas. Neste primeiro dia e durante a próxima semana, tenho um plano de trabalho ligeiro, focado em conhecer melhor cada um dos colegas e o trabalho que desenvolvem.
    Devido ao facto de apenas trabalhar quatro dias por semana (segunda a quinta-feira), dediquei-me a visitar a cidade e a passear pela mesma nos restantes dias.

     

     

     

     

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