Diário de Bordo #1
Finalmente em Malta.
A chegada foi um pouco atribulada. Fomos deixados em casa, não conhecíamos nada, era tarde e estávamos esfomeados. Felizmente existe serviços de entrega na nossa zona e conseguimos pedir comida.
O lado positivo é que a chegada foi o dia mais difícil até à data.
Sobre Malta posso dizer que é creme! É uma ilha monocrática, com arquitetura um pouco árabe e imensa iconografia religiosa. Estou a viver dentro de um postal antigo. Não há muitos passeios nem passadeira e o facto de os carros circularem pela esquerda, ainda mais baralhado me deixa.
Sobre os Malteses é difícil falar.
Na Rocksteady, a minha empresa, existe uma enorme multiculturalidade e uma mistura de sotaques que nunca sei muito bem onde estou. (Mas para mim significa que estou no sítio certo.)
No entanto, já me deparei com uma tasca, que parece a típica tasca portuguesa, em que não falavam inglês. Apenas diziam “RONALDO!!”. No geral, sinto uma simpatia e boa disposição atípica de Lisboa, comum a todos os habitantes. E uma adoração pela palavra “kindly”.
São poucos dias aqui, mas já vivi momentos que vou levar para a vida.
Como por exemplo, o dia que decidi que não queria estar 3 meses sem uma guitarra. Fui a casa de um Maltês comprar uma em segunda mão e acabei por conviver com o pioneiro do skateboard em Malta e surfista, que gosta de tocar guitarra ao som de Mantras. Tocámos juntos durante uma boa hora, numa casa que parecia o interior da lamparina do génio do Aladino. Se isto continuar assim, vou ter histórias para uma vida inteira.
Até ao próximo diário, thank you kindly.