Galeria Quadrum acolheu exposição From Order to Chaos and Back
Os alunos finalistas do B.A. em Graphic Design da ETIC – Escola de Tecnologias, Inovação e Criação apresentaram, entre os dias 24 e 26 de junho, os trabalhos finais de curso com a exposição From Order to Chaos and Back na Galeria Quadrum, em Lisboa.
A exposição acolheu os trabalhos de 13 alunos que frequentaram o 3.º ano do curso na ETIC, em parceria com a conceituada universidade inglesa Solent (Southampton), o que lhes permite obter o grau de BA (Bachelors Degree).
Segundo Joana Areal, Coordenadora do Curso de Design Gráfico, Comunicação e Multimédia da ETIC, “a exposição From Order to Chaos and Back aborda corajosamente algumas questões atuais – aspiracionais, secretas ou perversamente corretas – que nelas são debatidas, sugeridas ou democratizadas. Aprendemos desde muito cedo o que é o amor. O como, onde e porquê são entendidos no exterior dos contextos da ação. Aprendemos que, sem pensamento, não há reação. Sem reação, não há consequência. E que, sem consequência, nos cansamos, extinguimo-nos de um lugar ao qual, delicadamente, fomos feitos para pertencer. Esta exposição representa fantasias dispendiosas, distopias, ego, confiança, morte renovados, os limites da privacidade, pobreza e fanatismo, e reflete sobre os privilégios e a promoção do individualismo, e propõe, inclusivamente, uma filosofia aborígene para um novo futuro”.
TRABALHOS EXPOSTOS
5 STEPS OF SUBVERSION – Maria Chimeno
5 Steps of Subversion procura subverter o crescente encorajamento do individualismo. Cada peça explora conceitos e dicotomias como individual vs. coletivo, singular vs. plural, ilha vs. arquipélago, destacando muitos comboios de pensamento e modos de vida que valorizam um profundo sentido de comunidade, com a derradeira esperança de despertar uma conversa.
CHANT – Luca Mocellin
Chant é uma viagem introspetiva ao surrealismo mexicano. A sociedade ocidental tornou-se obcecada pelo método cartesiano. Atualmente, a razão e os fatos restringem a nossa compreensão das forças profundas que agem sobre o mundo. Vamos explorar as raízes de uma cultura onde o passado mítico ainda está ativo. Um lugar que é surrealista por natureza. Destina-se a atrair uma integração final da filosofia aborígene para um novo futuro.
FIGHTING FOR IT – Iara Pinhal
O feminismo impactou o mundo como o conhecemos. A história da luta feminista e as suas manifestações influenciaram significativamente o mundo em que vivemos. As mulheres ganharam voz e outras minorias oprimidas ganharam força para lutar pelos seus direitos. Fighting for It é um kit de manifesto gratuito de fácil acesso e pronto para “energizar” qualquer pessoa que queira lutar e enfrentar a opressão.
FLAGS – Vários autores
Flags é um conjunto de declarações públicas. Fragmentos de reflexões de longa forma e perseguições estéticas que estes estudantes apresentam como parte dos seus manifestos. Nesta exposição, podemos vê-los isolados, longe das publicações de que derivam, mas que nunca poderiam existir sem.
FLAT TIMES – Maria Joana Reis
A nossa compreensão do universo é ainda muito escassa, deixando espaço para que surja a fantasia e nasçam as teorias da conspiração. Num mundo onde todos têm uma opinião, distinguir um fato real de um falso às vezes é problemático. Flat Times foi retirado da ideia de “quão absurda seria a vida se acreditássemos em tudo o que lemos”. Flat Times é um jornal especulativo que retrata tramas de conspiração e publicidade de “fake news”.
HACK A HUMAN – Rodrigo Bravo
O digital tomou conta das nossas vidas. Todos precisam estar cientes da direção que a IA – inteligência artificial – está a tomar. Se não a controlarmos, em breve viveremos numa sociedade distópica onde as máquinas ultrapassam a humanidade. Hack a Human é uma reflexão sobre um futuro de algoritmos e gestão de dados, no qual não poderemos mais escolher.
HANGUL FOR THE PEOPLE – Daniela Veloso
Um roteiro tem muitas raízes culturais e históricas e pode ser utilizado artisticamente, embora muitos designers gráficos evitem fazê-lo. O alfabeto coreano, Hangul, representa o poder e a união de um país que foi dividido e manteve esse roteiro vivo enquanto a nação espera a reunificação. Hangul for the People explora o contexto histórico e cultural de Hangul e o impacto emocional que ele tem no seu povo, promovendo uma compreensão mais profunda do impacto social das nossas escolhas gráficas numa escala maior.
HOUSE OF HUSTLE – Vitor Batista
A interseccionalidade é um quadro analítico para compreender como os aspetos das identidades sociais e políticas de uma pessoa se combinam para criar diferentes modos de discriminação e privilégio. House of Hustle nasceu, focando-se em indivíduos que se encontram na interseção de identidades que transgrediram os espaços que lhes foram dados. Destaca a comunidade criativa negra e queer, proporciona uma voz, e partilha experiências e história, dores e delícias da vida não tão glamorosa no Hustle.